quarta-feira, 3 de maio de 2023

É preciso estudar a violência escolar

Entrevista com o bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, José Leon Crochick


Há vinte e quatro anos, as notícias do massacre na Columbine High School, no Colorado, Estados Unidos, chocavam o mundo, provocando reações que colocaram a violência escolar no centro das discussões em vários países de forma definitiva. Desde então, o contexto, as razões e modos de prevenção da violência entre jovens, em particular nas escolas, têm sido temas de debates e de estudos. Recentemente, novos casos de violência e de ameaças em escolas brasileiras intensificaram a argumentação acerca desses assuntos no país, deixando pais, mães, professores, crianças e adolescentes assustados e exigindo ações efetivas de gestores das áreas de educação e de segurança pública.

O contexto em que ocorre a violência escolar e suas causas foram tema de ampla pesquisa, desenvolvida entre 2018 e 2021, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e que envolveu pesquisadores de oito estados brasileiros das regiões Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como estudiosos da Argentina, da Espanha, do México e de Portugal. Ao todo, as equipes coletaram dados de mais de 3 mil estudantes, de 89 escolas. Coordenado pelo bolsista de Produtividade em Pesquisa deste Conselho, professor sênior do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), José Leon Crochick, o estudo Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade avaliou a relação entre a educação inclusiva, o preconceito e a violência e tratou de um dos pontos mais relevantes quando se fala no assunto: a discriminação e o bullying entre os alunos.




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