Observatório de Educação:
violência, inclusão e direitos humanos
Coordenação do Observatório de Educação: violência, inclusão e direitos humanos: Valdelúcia Alves da Costa (UFF)
Vinculado ao Projeto de Pesquisa/CNPq: Violência
Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade
Coordenação nacional e internacional do Projeto de Pesquisa Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade:
José Leon Crochick (USP)
Coordenação em Niterói do Projeto de Pesquisa Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade: Valdelúcia Alves da Costa (UFF)
Linha
de Pesquisa: Cidadania,
violência e direitos humanos
1.
Apresentação
O
termo observatório tem sido usado para denominar uma rede formada por parceiros
colaborativos unidos na perspectiva da produção de evidências científicas, objetivando
embasar a definição de prioridades e estratégias de pesquisa e formação; fazer
acompanhamento de progressos, identificar barreiras e promover avanços, além de
ser um veículo de intercâmbio e formação entre os participantes envolvidos. A
criação e organização dos Observatórios de Educação: violência, inclusão e direitos
humanos ocorrerão em rede multi/interdisciplinar e colaborativa, com instalação
e funcionamento nas universidades, constituindo-se como um dos produtos do
projeto de pesquisa “Violência Escolar: discriminação, bullying e
responsabilidade” com o caráter de inovação. Tais observatórios estarão sob a
coordenação de uma equipe local de pesquisadores participantes do referido
projeto de pesquisa, associados com profissionais das escolas pesquisadas,
compondo um campo de produção e difusão de programas de formação de
professores, estudantes e demais profissionais da educação, aproximando e
dialogando com as áreas do conhecimento das ciências humanas e sociais, como a
Filosofia, Sociologia, Psicologia, História, Educação e Artes, sob a égide da
Teoria Crítica da Sociedade, na investigação do entendimento, enfrentamento e propostas
de combate e superação da violência em suas diversas manifestações na escola.
2.
Justificativa
A
criação dos Observatórios de Educação: violência, inclusão e direitos humanos
nas universidades participantes do Projeto de Pesquisa/CNPq ‘Violência Escolar:
discriminação, bullying e responsabilidade’ justifica-se pela demanda e urgência
de se identificar, problematizar e combater o bullying, a manifestação
do preconceito e contribuir na superação do pensamento estereotipado em relação
às minorias vítimas do preconceito na escola, no trabalho, como também em
outras instâncias sociais. Como espaços de formação, reflexão e possibilidades de resistência
à sua manifestação na sociedade, que ainda obsta a educação que humanize e
afirme os direitos humanos como seu eixo norteador, a criação desses
observatórios pode contribuir à formação das pessoas e ao debate de propostas alternativas
de enfrentamento e superação da violência na escola, contribuindo tanto para o desenvolvimento
social quanto do indivíduo, em um movimento contrário à violência, à discriminação
e ao bullying, marcas da sociedade na qual impera a competitividade nas relações
humanas e a exclusão dos indivíduos, considerados inaptos à convivência na escola
e demais instâncias sociais.
3.
Objetivos
3.1.
Geral
Contribuir
na produção e difusão do conhecimento e na formação de professores, estudantes
e demais profissionais da educação, bem como promover a articulação entre as
universidades participantes e escolas – sobretudo as pesquisadas – da rede de
educação básica nas temáticas propostas, como violência, com ênfase no bullying,
preconceito e direitos humanos.
3.2.
Específicos
▪ identificar, por intermédio dos resultados obtidos pela pesquisa
empírica desenvolvida nas escolas, as atitudes de estudantes que revelam
violência, manifestada por bullying e preconceito no cotidiano escolar
contra seus colegas, entre esses, os estudantes com deficiência,
afrodescendentes e outros estudantes em situação de vulnerabilidade;
▪
promover debate nas universidades participantes e nas escolas pesquisadas, com
estudantes, educadores e funcionários sobre as atitudes de violência nas diversas
dimensões sociais, tais como escola, trabalho, família, cultura e comunidade,
considerando a educação inclusiva e os direitos humanos;
▪ difundir material bibliográfico com informações sobre violência, bullying,
preconceito e suas manifestações a ser distribuído e utilizado nas escolas, universidades
e outras instâncias de formação;
▪
organizar um banco de dados sobre a violência escolar com os dados resultantes
da pesquisa e os dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD), Censo Demográfico, Censo Escolar, Sistema de Informações sobre
Mortalidade/Departamento de Informática do SUS (SIM/Datasus), Sistema Nacional
de Informações de Segurança Pública (Sinesp), dentre outros.
4.
Programas e atividades de formação, de ensino, pesquisa e extensão a serem desenvolvidos
no âmbito dos observatórios nas universidades participantes
A
pesquisa colaborativa será realizada pelas 13 universidades participantes de âmbito
nacional do projeto. No âmbito macro (observatório nacional), as diversas unidades
terão o objetivo de organizar todas as atividades geradas pelos observatórios para
termos a comunicação de experiências e o acervo delas. No âmbito micro (observatórios
institucionais) cada instituição formará sua rede de colaboradores como membros
do grupo de pesquisa: educadores das escolas pesquisadas, mestrandos, doutorandos,
bolsistas, convidados, dentre outros, a fim de desenvolver as atividades inerentes
ao projeto de pesquisa. Os trabalhos serão realizados mediante a organização de
grupos de trabalhos coletivos. Cada universidade desenvolverá um documento
contendo a análise das etapas e dos resultados, e este documento fará parte do
banco de dados sobre a violência escolar. Este documento também será analisado
no âmbito macro, ao ser apresentado nas reuniões periódicas (por Skype) e nos
seminários.
De
maneira coletiva, o observatório nacional incumbir-se-á de organizar um dossiê de
textos para publicação em periódicos e/ou coletâneas. Cada universidade
incumbirse-á de desenvolver os textos acadêmicos que comporão as publicações.
Entende-se que os membros da rede de pesquisa manterão sua própria identidade e
responsabilidades rotineiras, mas assumirão também a responsabilidade de
compartilhar seus estudos de
uma
forma mais sistemática, e se comprometerão em desenvolver seus planos de trabalho
de forma mais coordenada de modo a responder às necessidades do Projeto de Pesquisa/CNPq
Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade, coletivamente
identificadas pelo conjunto.
As
propostas acima se encontram explicitadas a seguir compondo duas etapas de trabalho,
a saber: 4.1. Etapa a ser realizada em âmbito institucional e 4.2. Etapa
a ser realizada em âmbito nacional.
4.1.Em
âmbito institucional
►
oferta de disciplinas optativas/eletivas sobre bullying, discriminação, educação
em direitos humanos e inclusão nos cursos de graduação em Pedagogia e
pós-graduação em educação como contribuição à formação dos estudantes quanto a
esses temas;
►
oferta de disciplinas optativas e/ou eletivas nos cursos de Graduação e Pós-Graduação,
cursos de extensão e/ou formação continuada para professores da educação básica
no município no qual se localiza a universidade, possibilitando ações conjuntas
entre os pesquisadores e os profissionais do ensino fundamental, em um esforço
conjunto de aproximação entre as universidades e as escolas.
►
oferta de atividades, tais como encontros, palestras e/ou cursos de extensão, para
os estudantes das escolas participantes da pesquisa sobre a temática da pesquisa.
As disciplinas e/ou cursos ministrados terão os seguintes eixos norteadores: bullying,
preconceito, discriminação, educação em direitos humanos e inclusão com os objetivos
de identificar as diversas formas de violência, sua relação com as hierarquias escolares
com vistas à intervenção, prevenção na escola e as possibilidades da educação inclusiva.
Os cursos ofertados terão como produtos monografias de graduação, dissertações
de mestrado e doutorado. Cabe acrescentar que o rol de atividades descrito não
precisa ser plenamente contemplado pelas unidades, que também poderão propor
outras ações para o cumprimento dos objetivos do Observatório.
4.2.
Em âmbito nacional
A
coleta de dados relacionados à violência escolar será realizada em bancos de dados
oficiais, tais como: IBGE, PNAD, Censo Demográfico, Censo escolar, SIM/DATASUS,
SINESP, Conselhos Tutelares e CREAS (Centros de Referência Especializada de
Assistência Social). Este conjunto de dados será dividido entre os grupos de
trabalhos compostos pelos participantes que poderão apresentar esses indicadores
nos encontros presenciais.
5.
Atuação dos Observatórios de Educação: violência, inclusão e direitos
humanos
São
propostas as seguintes áreas temáticas que contemplam seus objetivos e metas:
a) violência em suas diversas manifestações – bullying e preconceito; b)
violência na escola, trabalho, família, cultura e comunidade; c) formação,
educação, inclusão e direitos humanos contra a violência; d) enfrentamento das
diversas expressões da violência na sociedade; e) cisão entre desenvolvimento
tecnológico e humano; f) educação, formação e tecnologia; g) experiência com as
diferenças humanas e a diversidade cultural no Brasil e demais países
latino-americanos.
Como
uma ação de educação e difusão do conhecimento, há também a intenção de
promover, se e quando for possível, a articulação desta proposta com os Núcleos
de Acessibilidade e Inclusão das universidades participantes e destes com a
Educação Básica, para articular ações com as salas multifuncionais existentes
nas escolas. Essa articulação tem como propósito alimentar os Observatórios de
Educação e o Banco de
Dados,
da seguinte maneira:
▪ Identificando as ações de pesquisa e extensão desenvolvidas pelos Núcleos que envolvam
o Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas de educação básica,
com destaque para a atuação das Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) e sobre
o papel do professor de apoio;
▪ Caracterizando o Atendimento Educacional Especializado (AEE) oferecido pelas escolas
da rede pública de ensino nas cidades em que os Núcleos aderirem ao projeto de pesquisa,
identificando os tipos de serviços de AEE oferecido; o número e as características
dos estudantes atendidos por tipo de serviço de AEE oferecido, em especial, nas
SRMs, características do professor de apoio; e a formação dos professores de
AEE.
Protocolo de Cadastro do Observatório na PROEX-UFF:
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